Caros irmãos (ãs),
Acho que eu devo sofrer de um distúrbio, eu enxergo e não consigo ver: Eu quero enxergar! Alguém transforme este lugar?
Esta foi a pergunta que por vezes me fiz enquanto acompanhava o desenrolar de mais uma empreitada política em nosso país. Uma ávida corrida pelo poder. Digna de ser comparada em muitos casos ao filme "Jogos Vorazes".
Quanta gente que em busca de glória efêmera ou apenas o "luxo" de um cargo político e seu "atraente" salário, perdem seu tempo, sua vida, sua graça, sua culpa, sua alma e põem um grande parêntese em sua trajetória de vida, de família, de Igreja e carreira profissional: Porque??? Para que???
Confesso que em muitos casos ainda não consigo ver!
Mas não há nada no país. Não há vontade de mudar, não há zelo, só há medo no ar. Se o povo não conhece a própria história está condenado a repeti-la.
As vezes somos tendenciosos ou tendenciados a depositar uma culpabilidade extrema sobre aqueles que pleiteiam uma vaga nos postos políticos. Mas fico a pensar: E quanto a nós???? O que estamos fazendo???
Meu irmãos, um candidato não chega a ocupar uma vaga política se antes não passar pela nossa decisão de colocá-lo lá ou não. Quantas vezes vi pessoas reclamando desta ou daquela administração, desta ou daquela postura, dos partidos que não defendem a vida, que são contra nossos valores princípios, enfim, ele existem e devem sim serem combatidos. Mas aí fica a pergunta: O QUE TEMOS FEITO????
Conhecemos nossa história, a história deles e não temos a coragem ou mesmo a vergonha na cara de tomarmos uma atitude diferente. Estamos enfim condenados a repetir uma história que em vez de protagonistas nos tornamos meros figurantes. Não quero acreditar!
É triste ver que muitos vivem um verdadeiro bem-me-quer mal-me-quer em relação a sua decisão de voto. Uma verdadeira tragicomia toma conta de nosso povo. Riem-se de muitos e chora-se por tão pouco. Escarnece-se de pessoas e ridicularizam situações.
Afinal, o que estamos vivendo é uma séria decisão acerca de nosso futuro e de quem tomará conta da dimensão política e social dele ou um circo onde os palhaços não precisam de máscaras pois sua alma já está disfarçada pela fantasia da insensatez.
Até quando as mãos estarão tão fechadas?
Até quando estarão nossos braços cruzados?
Mas diante de tudo isso há um lapso ao vento e há uma fenda aberta. Que seja lá o nosso lugar, o lugar de onde brotam nossas motivações e onde o nosso discernimento seja amadurecido para a tomada de nossas decisões.
Que este lapso ao vento seja um sopro do Espírito Santo sobre suas idéias, pretensões, decisões e que ao sentir esta brisa leve seu coração possa tomado de uma ação redentora e salvífica e possamos assim trilhar o caminho certo em tudo que fazemos.
Impossível não sermos remetidos ao momento da Cruz quando falamos da fenda aberta. Ela representa o lado aberto de Cristo que é o nosso lugar. De lá jorra sangue e água e que estes nos purifiquem e que a misericórdia recaia sobre nosso país, nosso povo e sobre aqueles que escolheremos como representantes.
Fica então o grande desafio: Não fique com suas mãos, braços e consciência tão fechados. Seja livre para optar pelo melhor, não pelo conveniente!
Não se apegue ao seu ego e abandone sua verdade, seus valores e seus princípios. Fique firme naquilo que é o correto e provoque um verdadeiro "incêndio" por onde quer que você vá. Você tem em si o fogo do Espírito Santo e Cristo conta contigo nessa missão. Ele mesmo diz na palavra: "Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso!"
Pratique sua cidadania mas não esqueça de primeiro praticar sua cristandade. Ao votar que seja um voto em favor da vida, em favor da justiça, em favor da ética, em favor do valores sociais e cristãos, em favor da moral e em favor de um povo que merece todo o nosso respeito, nossa caridade e nossa atenção.
Deus os abençoe!
Fabiano, Marta e Tobias
