Depois das Audiências dos meses anteriores (26 de novembro e 19 de janeiro  2012) esta manhã o Papa recebeu os bispos das Regiões VII, VIII e IX. Bento XVI  teve a palavra logo após a homenagem do Mons. John Clayton Neintedt, arcebispo  de Saint Paul e Minneapolis (Minnesota).
O Santo Padre acolheu a visita dos bispos como uma ocasião para refletir  sobre “certos aspectos da evangelização da cultura americana à luz das  dificuldades éticas e intelectuais do momento atual”.
Referindo-se ao tema de suaa visita pastoral nos Estados Unidos de15 a21 de  abril 2088, Bento XVI descreveu como “evidente” o enfraquecimento na sociedade  americana da instituição do matrimônio e a “difusa rejeição a uma  responsabilidade e madura ética sexual, fundamentada na prática da castidade,  que leva a graves problemas sociais com imensos custos humanos e  econômicos”.
Recordando o beato João Paulo II, que na Familiaris consortio  afirmava que “o futuro da humanidade passa pela família”, Bento XVI denunciou as  “potentes correntes políticas e culturais que tentam alterar as definições  legais do matrimônio”.
O Papa então reiterou a firmeza do magistério católico sobre o matrimonio  como instituição “arraigado na complementaridade dos sexos e orientado para a  procriação”. Defender tal concepção é então “uma questão de justiça”.
O Pontífice divisou a dificuldade da Igreja em ensinar com uma abordagem  justa o sacramento do matrimônio. Uma dificuldade devida, sobretudo, aos  “limites nas catequeses das últimas décadas, que não consegue comunicar a rica  herança do ensinamento católico sobre o matrimonio como instituição natural,  elevada por Cristo a Sacramento”.
Também na pastoral familiar e matrimonial, portanto, o retorno ao Catecismo  da Igreja Católica e ao relativo Compendio, é fundamental.
Em nível prático, o Papa afirmou que partilha com os bispos a preocupação em  relação a práticas como a “convivência”: vários casais são “inconscientes do  fato que se trata de um pecado grave, para não dizer no dano que causa à  estabilidade da sociedade”.
Neste sentido o Santo Padre encorajou os bispos americanos a desenvolver  “normas pastorais e litúrgicas claras” que não se prestam à ambigüidade.
O Papa acrescentou sua apreciação em relação aos vários planos pastorais  promovidos pelas dioceses americanas, a partir da Carta Marriage  :Love and Life in the Divine Plan de 2009, até as iniciativas  destinadas as pessoas em dificuldades familiares, “especialmente os divorciados  e separados, as mães solteiras, as mulheres que contemplam o aborto, e as  crianças que sofrem trágicos efeitos da separação dos pais”.
Deve ser redescoberta, a “virtude da castidade”, valendo-se de uma “visão  integrada, consistente e elevada da sexualidade humana”. Uma visão bem mais rica  e fascinante do que as “ideologias permissivas” que ao contrário, representam  uma “potente e destrutiva forma de contra-catequese para os jovens”. 
Os jovens devem encontrar a Igreja na sua “integridade” e nos “desafios de  seus ensinamentos contraculturais”, na via do Catecismo que define a castidade  como “a conquista do domínio de si, que é pedagogia para a liberdade humana” (n°  2339).
Em sua conclusão Bento XVI se deteve na pedagogia da infância, definindo a  criança como “o grande tesouro e o futuro de toda sociedade”. Por este motivo é  fundamental que cresçam “com uma saudável compreensão da sexualidade e do papel  que é próprio nas relações humanas”.
FONTE: ZENIT
 
