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Papa na África: Exortação Apostólica "Africae Munus" lança desafio à recuperar um dos "pulmões espirituais" do mundo.


Bento XVI deixou hoje votos de que a Igreja Católica em África possa "ser sempre um dos pulmões espirituais da humanidade" e promover "a paz e a justiça na verdade para todos”.

O desafio é lançado na exortação apostólica pós-sinodal ‘Africae Munus’, ‘O serviço da África’, com 177 pontos, assinada ao início da tarde em Ajudá, cidade costeira do Benim, na região ocidental do continente, durante uma breve cerimónia na basílica da Imaculada Conceição.

O Papa escreve que “a Igreja contribui para forjar, lenta mas solidamente, a nova África”, mas admite que a tarefa atual “não é fácil, porque se situa entre o empenho imediato em política – que não entra nas competências diretas da Igreja – e a retirada ou a evasão para teorias teológicas e espirituais”.

“Encorajo os cristãos a tornarem-se modelos em matéria de justiça e caridade”, declara o Papa, convidando os católicos de África a “viver, em nome de Jesus, a reconciliação entre as pessoas e as comunidades".

A exortação apostólica pós-sinodal encerra o processo da II Assembleia Especial para África do Sínodo dos Bispos, que decorreu no Vaticano, em outubro de 2009, sobre os temas da justiça, da paz e da reconciliação.

“Só uma autêntica reconciliação gera uma paz duradoura na sociedade. Os seus protagonistas são, sem dúvida, as autoridades governamentais e os chefes tradicionais, mas são-no igualmente os simples cidadãos”, pode ler-se.

Para Bento XVI, “depois de um conflito, a reconciliação muitas vezes conduzida e efetuada no silêncio e com discrição restaura a união dos corações e a serena convivência”.

“Graças a ela, depois de longos períodos de guerra, as nações reencontram a paz, as sociedades profundamente feridas pela guerra civil ou pelo genocídio reconstroem a sua unidade”, prossegue.

Neste contexto, o Papa escreve que as novas tecnologias de informação “podem tornar-se instrumentos poderosos de coesão e paz ou, pelo contrário, promotores eficazes de destruição e divisão”.

“A Igreja deve estar mais presente nos media, para fazer deles não apenas um instrumento de difusão do Evangelho mas também um meio útil de formação dos povos africanos para a reconciliação na verdade, para a promoção da justiça e da paz”, assinala.

A exortação deixa ainda a proposta de um ‘Ano da Reconciliação’, a nível continental, para “pedir a Deus um perdão especial para todos os males e feridas que os seres humanos se infligiram uns aos outros”.

“O Sangue derramado por Cristo torna-se início e vínculo duma nova fraternidade. Esta situa-se no pólo oposto da divisão, do tribalismo, do racismo, do etnocentrismo”, frisa o Papa.

A ‘Africae Munus’, com uma versão oficial em português, vai ser entregue este domingo aos 35 presidentes das Conferências Episcopais nacionais e aos sete responsáveis das Conferências regionais da Igreja Católica em África.

Conheça o documento "Africae Munus" acessando o link abaixo:
 

A viagem de Bento XVI ao Benim, segunda do Papa ao continente africano, inclui passagens por Cotonou, cidade mais populosa do país, e Ajudá (Ouidah), na antiga ‘Costa dos Escravos’, a 40 km da capital económica, entre sexta-feira e domingo.

Fonte: ACI DIGITAL
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