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A Evangelização da Vida Consagrada - Pe. Amedeo Cencini fala às religiosas


O Congresso “A Vida Consagrada e a Nova Evangelização- A imprescindível Complementariedade”, reuniu cerca de 150 religiosas de mais de 20 Congregações diversas. O Evento acontece todos os anos, com temas relevantes para a vida consagrada feminina, organizado pelo Ateneo Regina Apostolorum em Roma. “Como evangeliza a vida consagrada” foi o tema apresentado por  Pe. Amedeo Cencini.

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Pe. Amedeo Cencini é religioso canossiano, mestre em ciências da educação pela Universidade Salesiana de Roma e doutor em psicologia pela Universidade Gregoriana da mesma cidade. Especializou-se em psicologia no Instituto Superior de Psicoterapia Analítica. Escritor de vários livros, entre eles: “A árvore da vida”; “Virgindade e celibato hoje”.

“A vida consagrada é evangelização em si mesma, é uma bela e boa notícia”, com essas palavras, Cencini, iniciou sua participação no Evento. “A vida consagrada manifesta a Caritas do Eterno”, especialmente pelas obras de caridade direcionadas àquelas pessoas que vivem a “tentação de não se sentirem amadas”.

Pe. Amedeo utilizou a imagem da escada de Jacó, que está no livro do Gênesis, para explicar a dinâmica entre o céu e os homens, sendo os Consagrados responsáveis por este dinamismo e “os Institutos de Vida Contemplativa e os Institutos de Vida Ativa são complementares” nesta ação.
O movimento descendente seriam as ações caritativas, de assistência social, de educação realizada por estes Institutos, que revelam a face de Cristo. “O único desejo do homem é ver a face de Cristo e a vida consagrada responde a esse desejo”, afirmou Cencini.

Neste tempo histórico, a “Igreja pede para entrarmos na Nova Evangelização”.  E sobre como a vida consagrada é chamada a evangelizar hoje, Pe. Amedeo disse: - “Devemos recuperar a transparência interior” e prosseguiu indagando às participantes: “Vocês têm certeza de que o serviço executado por vocês revela a face do Pai?”.

“Os Institutos de Vida Consagrada devem continuar no serviço caritativo e sacramental”, mas é preciso “mostrar as raízes, de onde deriva a inspiração destes gestos de amor, onde está apoiada a escada”. E continuou: “Não basta apenas ser competente e cumprir os serviços caritativos”. “Existe o risco de que a caridade não seja evangelizadora”.

Pe. Amedeo falou dos serviços prestados, especialmente na área da educação, pelos Institutos Religiosos. “As pessoas gostam, mas os serviços são desfrutados e as questões fundamentais como a vida e a morte, são buscadas fora”. Não existe mais aquela “relação automática entre obra e evangelização”.

“Uma obra é evangélica quando provoca no coração de quem recebeu a ação o mesmo desejo de servir”, afirmou Cencini. Ele continuou sua reflexão falando sobre a importância de ser transparente e de mostrar a estrada que leva ao encontro com Cristo, através dos diversos Carismas. “Cada carisma propõe uma via autêntica, uma estrada para ver Deus, e indicar a estrada significa evangelizar”- e continuou - “os Carismas são culturas que devem penetrar nas outras culturas”.

Pe Amedeo falou sobre a Espiritualidade dos Institutos , como um dom de Deus, ou seja, é universal. A Espiritualidade foi inspirada pelo Espírito Santo e promove relação, “não é somente a oração, ou falar de oração como prática a ser executada”, mas promover e estabelecer relação.

No final do Evento Pe.Amedeo respondeu ao ZENIT - Como seria, na prática, entrar nas outras culturas?

É um grande projeto. Primeiro, é necessário entender a própria cultura, a própria língua, e ser apaixonado por ela. É preciso estar atento à realidade que se evangeliza,entender a linguagem atual, os meios utilizados pelos jovens, por exemplo, a internet; compreender a sensibilidade da sociedade, que tem perspectivas, desejos. Não estar fechado em si mesmo por medo; se tem medo do homem, tem medo de Deus. Nada que é humano é estranho.

O Congresso contou com a participação do Prof. German Sánches, leigo consagrado do Regnum Christi, diretor do Instituto Superior de Ciências Religiosas do Regina Apostolorum de Roma, que explicou a origem da expressão Nova Evangelização; do bispo de Palestrina, Mons. Domenico Sigalini, apresentando o cenário da nova evangelização para a vida consagrada na Itália; e de Pe Fábio Ciardi, membro da Congregação dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada, que falou sobre a força do Carisma na Nova Evangelização.

O evento prosseguiu com a celebração da Santa Missa e a participação do Prefeito da Congregação dos Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Dom João Braz de Aviz, que celebrava 39 anos de sua ordenação sacerdotal naquele dia.

A Ata do Congresso será publicada e entregue ao novo Dicastério para Promoção da Nova Evangelização, na pessoa do Monsenhor Rino Fisichella.

Fonte: ZENIT
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