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Cinema: Igreja distingue filme japonês sobre temática do divórcio


A Associação Católica para as Comunicações Sociais (SIGNIS) distinguiu este ano a obra japonesa Kiseki (Milagre) com o prémio de “melhor filme” durante a 59ª edição do festival de cinema San Sebastian, em Espanha.
De acordo com Inês Gil, membro do júri SIGNIS, a longa-metragem do realizador Hirokazu Kore-Eda “é uma viagem iniciática na realidade da vida que nos transmite a aceitação do que não é possível mudar, libertando-nos das ilusões que nos impedem de crescer”.
Durante cerca de duas horas, os espetadores são convidados a acompanhar a história de “dois irmãos, de 10 e 12 anos, que vivem separados, depois do divórcio dos pais”, explica a professora de cinema, na edição desta terça-feira do Semanário ECCLESIA.
Koichi, o irmão mais velho, ficou com a mãe e “sonha em reunir de novo os seus pais”, enquanto Ryunosuke, o mais novo, “duvida que essa seja a melhor solução”, devido às “inúmeras discussões” que se verificavam entre os progenitores.
"No entanto", adianta Inês Gil, “Ryunosuke deixa-se convencer quando o irmão lhe fala de uma ‘crença’ segundo a qual um desejo se pode realizar quando feito no ponto de cruzamento entre dois comboios em andamento”.
O ponto de viragem do filme dá-se no momento em que os dois irmãos se encontram “para a realização do eventual milagre” – a união dos pais – que “acontece mas não da forma como estava previsto”.
“Afinal está em jogo perceber se a natureza de um milagre está na transformação da realidade ou na sua verdadeira compreensão, o interiorizar de uma verdade que nos permite continuar a crescer”, considera a crítica de cinema
Para Inês Gil, a grande mensagem que o realizador quer transmitir é que “o lugar da fé reside em cada ser humano e que basta acreditar para se manifestar”.
“Os milagres, na sua maioria, são interiores, é preciso ouvir em silêncio o que a vida nos apresenta e deixarmo-nos levar por ela”, conclui a docente, que esteve no certame espanhol, entre 17 e 24 de setembro, também na qualidade de enviada do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais e Bens Culturais.
O Júri da SIGNIS nesse festival foi ainda composto por Alan Foale (Reino Unido), Edorta Kortadi (Espanha), Maria Luengo (Espanha) e Magali Van Reeth (França).

Fonte: Agência Ecclesia

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