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Quinta-feira Santa - Ceia do Senhor


Seguindo um rito evocativo das grandes intervenções salvíficas de Deus, os Apóstolos celebravam a Ceia pascal, sem pressentirem que a nova Pácoa havia chegado.

Essa Ceia, contudo, será a última, pois Jesus, tomando aquela simbólica refeição ritual, dá-lhe um sentido novo, com a instituição da Eucaristia.

Misteriosamente antecipando o Sacrifício que iria oferecer, dentro de algumas horas, Jesus põe fim a todas as "figuras", converte o pão e o vinho no Seu Corpo e Sangue, apresenta-se como o verdadeiro cordeiro pascal – o "Cordeiro de Deus" (Jo 1, 29).

O Sacrifício da Cruz, com o qual se estabelecerá a "nova Aliança", não ficará, pois, limitado a um ponto geográfico ou a um momento da história: pelo Sacrifício Eucarístico perpetuar-se-á, "pelo decorrer dos séculos até Ele voltar" (SC, 47). Comendo o Seu Corpo imolado e bebendo o Seu Sangue, os discípulos de Jesus farão sua a Sua oferenda de amor e beneficiarão da graça, por ela alcançada aos homens. "Pela participação no Sacrifício Eucarístico, fonte e centro de toda a vida cristã, oferecem a Deus a Vítima divina e a si mesmos juntamente com ela" (LG, 11).

Para que este mistério de amor se pudesse realizar, Jesus ordena aos Apóstolos que, até ao Seu regresso, à Sua semelhança e por Sua autoridade, operem esta transformação, ficando assim participantes do Seu mesmo Sacerdócio.

Nascido da Eucaristia, o Sacerdócio tornará, portanto, actual, até ao fim dos tempos, a obra redentora de Cristo.

Sendo a Eucaristia a obra prima do amor de Jesus, a prova suprema do Seu amor (Jo 13, 1), compreende-se agora bem porque é que Ele escolheu a última Ceia para fazer a proclamação solene do "Seu mandamento", o de "nos amarmos uns aos outros", o mandamento novo, "que resume toda a lei".

SANTA CATARINA DE SENA COMENTA A SOLENIDADE DA CEIA DO SENHOR

«Na verdade, dei-vos exemplo para que, assim como Eu fiz, vós façais também»
 
«Tenho ardentemente desejado comer convosco esta Páscoa antes de padecer» (Lc 22,15). Recordando estas palavras do nosso Salvador, se me perguntassem qual é a Páscoa que eu desejo ter convosco, responder-vos-ia: não há outra Páscoa que não a do Cordeiro imolado, a que Ele fez de Si mesmo quando Se entregou aos Seus amados discípulos. Oh doce cordeiro pascal, preparado pelo fogo do amor de Deus na Sua santíssima cruz! Alimento divino, fonte de alegria, de deleite e de consolo! Nada nos falta, uma vez que para os Teus servos Te fizeste mesa, alimento e servo. [...] O Verbo, o Filho único de Deus, deu-Se a nós com um grande fogo de amor.

Quem nos apresenta esta Páscoa hoje? O servo Espírito Santo. Por causa do amor desmesurado que tem por nós, Ele não se contentou em fazer-nos servir por outros, é Ele mesmo que quer ser o nosso servo. É nesta mesa que a minha alma deseja estar [...] para comer a Páscoa antes de morrer. [...]

Sabei que é bom que nos apresentemos nesta mesa simultaneamente despojados e vestidos: despojados de todo o egoísmo, de toda a atracção pelo mundo, de toda a negligência e de toda a tristeza [...] – porque uma má tristeza definha a alma – e envolvidos na caridade ardente de Cristo. [...] Quando a alma contempla o seu criador e a bondade infinita que encontra n'Ele, não pode deixar de O amar. [...] De imediato ama aquilo que Deus ama e detesta o que Lhe desagrada, porque Ele Se despojou de Si mesmo por amor. [...] Por causa da Sua fome pela nossa salvação e pela honra de Seu Pai, Cristo humilhou-Se e sujeitou-Se a uma morte ignominiosa na cruz, embriagado de amor e apaixonado por nós. Esta é a Páscoa que eu desejo celebrar.

Fonte: Evangelho Cotidiano
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