Bento XVI pediu hoje no Vaticano o “dom da paz” para Terra Santa, libertando simbolicamente duas pombas brancas desde a janela do seu apartamento, sobre a Praça de São Pedro.
O gesto ocorreu diante de cerca de 25 mil pessoas, reunidas para a oração do Angelus, e foi apresentado pelo Papa como “um sinal de paz para a cidade de Roma e para o mundo inteiro”.
As pombas foram transportadas por duas crianças da Ação Católica romana, seguindo uma tradição iniciada em 1985, e a sua libertação não correu conforme o previsto, num momento inicial, o que levou Bento XVI a comentar que as aves não queriam deixar “a casa do Papa”.
No Dia Mundial dos Leprosos, instituído pela Organização das Nações Unidas, em 1954, a pedido de Raoul Follereau, a intervenção papal quis deixar uma palavra de “encorajamento” a todas as pessoas afetadas pela doença e a todas quantas as assistem.
Bento XVI apelou a um compromisso para “eliminar a pobreza e a marginalização, verdadeiras causas da persistência do contágio” pela lepra.
O Papa aludiu ainda à beatificação de Hildegard Burjan, leiga que viveu entre os séculos XIX-XX, fundadora da Sociedade das Irmãs da Caridade Social, numa cerimónia que decorreu em Viena, Áustria.
Na sua catequese, Bento XVI convidou a refletir sobre o “poder de Deus”, que apresentou como “serviço, humildade, amor”, em contraponto às ideias de “domínio” e “sucesso”.
A Santa Sé anunciou, entretanto, que o Papa se encontrou este sábado com os responsáveis dos vários dicastérios da Cúria Romana, para fazer um “ponto da situação” sobre os trabalhos e a coordenação entre os vários organismos que colaboram com Bento XVI no governo da Igreja Católica.
Fonte: ACI DIGITAL