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Sejamos construtores de pontes e não equilibristas


Caros irmãos (ãs),

A cada dia podemos contemplar, com muito lamento, a degradação dos relacionamentos, da convivência fraterna, da amizade e do amor. Hoje todos correm, todos precisam falar, todos precisam ganhar, todos precisam dos outros, mas ninguém quer precisar de ninguém vivendo uma auto-suficiência que findará pela solidão em si mesmo.

Mas qual o real motivo de tudo isso?? São muitos a serem definidos, conhecidos e trabalhados. Mas acredito que tudo pode ser muito bem ilustrado por uma expressão que veio ao meu coração quando refletia sobre os tempos atuais e seus desafios: “ Hoje somos mais equilibristas e menos construtores de pontes.”

Vamos ilustrar o pensamento confrontando-o com a nossa realidade: Temos um abismo para atravessar. Temos uma corda à mão. E percebemos que existem várias tábuas ao redor. Algumas já prontas, outras necessitam serem lapidadas, cortadas, aplainadas e outras estão em difícil acesso. O que fazer???

Será mais fácil lançar a corda e tentar se equilibrar ao passar ou construir uma ponte usando as tábuas? O que será mais seguro? O que exigirá de nós mais tempo, mais disposição, mais amor???

Diante disso vamos olhar para nossa realidade e perceber como estamos agindo. Hoje, em nossos relacionamentos pessoais, profissionais, sociais e religiosos como estamos agindo?

O nosso próximo sempre será um desafio, um muro a ser escalado, um abismo a ser trasposto. O próximo tem seus defeitos, virtudes, temperamento, qualidades e nossa missão é percorrer tudo isso para superar a travessia do conhecimento e conquistar o prêmio da amizade.

Mas o que vemos é a primeira situação. Pessoas que são verdadeiros equilibristas em seus relacionamentos. Estabelecem a frágil “corda” do egoísmo, da indiferença,  do interesse próprio, do beneficiar-se e do ser servido. Estendem esta “corda” e não percebem que ao aventurar-se neste equilibrismo, o vento forte pode alvejar e não terá onde segurar-se. O sol forte poderá ofuscar e não terá como guiar-se, o frio irá envergá-lo e não terá onde se recolher. Inevitavelmente experimentará a dolorosa experiência da queda.

Ao contrário, se formos recolhendo as tábuas da caridade, da paciência, da solidariedade, do autoconhecimento, do respeito e do amor, iremos construir uma ponte que, em meio as intempéries, nos auxiliará na travessia. Será mais demorado, mas teremos a segurança e a possibilidade mais concreta de  chegarmos ao outro lado e descobrirmos a beleza do nosso próximo que antes parecia tão distante, mas na realidade está bem perto.

Precisamos alimentar em nosso coração esta decisão por construirmos pontes em nossa vida. Ela permitirá que possamos ir e que muito possam vir também e assim possamos contribuir para que a civilização do amor seja constituída.
Isso só será possível se antes formos “amigos de Deus”. Ele nos capacitará para construirmos as pontes necessárias. O Papa Bento XVI ressaltou esta dinâmica em uma de suas catequeses:

“Essa é uma característica dos santos: cultivam a amizade, porque é uma das manifestações mais nobres do coração humano e tem em si algo de divino, como Tomás mesmo explicou em algumas quaestiones da Summa Theologiae, na qual ele escreve: ‘A caridade é a amizade do homem com Deus em primeiro lugar, e com os seres que a Ele pertencem’”.

Que possamos em nosso dia a dia percebermos as pontes que devemos construir, as que precisamos percorrer e os que vem até nós através delas. Saibamos cultivar as amizades e relacionamentos em todos os âmbitos de nossa vida.

Assim seremos melhores e faremos os outros melhores para juntos trilharmos a ponte que nos levará ao céu.

Deus os abençoe!

Fabiano, Marta e Tobias
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