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Sábado Santo - Vigília Pascal


O Senhor Jesus “repousa” no Sepulcro.

A Sua Alma não deixou de vigiar e de continuar operante. Ela desce até onde a esperam todos aqueles que acreditaram em Deus e viveram na esperança da vinda do Redentor. Para todas as gerações da história humana, a Sua Morte é causa de salvação.

Mas repousam os Seus membros mortais e sofredores, como repousa a semente no seio da terra, na expectativa da vinda definitiva e gloriosa que, esta noite, irá surgir.

Pondo de parte toda a actividade (este é o único dia em que não há a assembleia eucarística), a Igreja está de vigia junto do sepulcro do Senhor.

Participando embora do mistério do Seu sofrimento e da Sua mprte, ela vive na esperança. Sabe, com efeito, que Jesus, tão fiel ao Pai até à morte, não pode ficar “abandonado à corrupção”. A Sua Morte será o penhor da nova Criação, que se aproxima.

Sabe também que o “repouso” de Jesus é a imagem do “repouso” de todos aqueles que foram baptizados na Sua Morte e Ressurreição. Depois que Ele morreu e foi sepultado, santificando a morte, ela já não será uma realidade terrível, mas sim “um intervalo, espiritualmente vivo, para o início de uma vida superior”.

O mundo inteiro, que celebra a vigília pascal durante toda esta noite, testemunha a grandeza e a solenidade da mesma. E com razão: nesta noite a morte foi vencida, a Vida está viva, Cristo ressuscitou dos mortos. Outrora, Moisés dissera ao povo, a propósito desta Vida: «Sentireis a vossa vida suspensa e tremereis noite e dia» (Dt 28,66). [...] Que aqui se trata de Cristo Senhor, é Ele próprio que no-lo mostra no Evangelho, quando diz: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida» (Jo 14,6). Ele diz-Se o caminho, porque conduz ao Pai; a verdade, porque condena a mentira; e a vida, porque comanda a morte [...]: «Onde está, ó morte, a tua vitória?  Onde está, ó morte, o teu aguilhão?» (1Co 15,55) Porque a morte, que sempre fora vitoriosa, foi vencida pela morte d'Aquele que a venceu. A Vida aceitou morrer para desconcertar a morte. Da mesma forma que, ao nascer do dia, as trevas desaparecem, assim foi a morte aniquilada, quando se ergueu a Vida eterna. [...]


Eis, pois, o tempo pascal. Outrora, Moisés falou ao seu povo dizendo: «Este mês será para vós o primeiro dos meses; ele será para vós o primeiro dos meses do ano» (Ex 12,2). [...] O primeiro mês do ano não é, portanto, Janeiro, em que tudo está morto, mas o tempo pascal, em que tudo retorna à vida. Porque é agora que a erva dos prados, de certa forma, ressuscita da morte, é agora que há flores nas árvores e que as vinhas têm rebentos, é agora que o próprio ar parece feliz com o início dum novo ano. [...] Este tempo pascal é, assim, o primeiro mês, o tempo novo [...] e, também neste dia, o género humano é renovado. Pois hoje, no mundo inteiro, inumeráveis povos ressuscitam, pela água do baptismo, para uma vida nova. [...] E nós, que acreditamos que o tempo pascal é, na verdade, o ano novo, devemos celebrar esse santo dia com toda a alegria e exultação e júbilo espiritual, para podermos dizer, verdadeiramente, este refrão do salmo: «Este é o dia da vitória do Senhor: cantemos e alegremo-nos nele!» (117,24).

Fonte: Evangelho Cotidiano
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