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Bento XVI explica sentido do Domingo para os cristãos


O Papa Bento XVI rezou neste domingo, 15, o tradicional Regina Coeli, antífona mariana recitada durante o tempo da Páscoa.

O Santo Padre concentrou o seu discurso na explicação sobre o Domingo, tido como 'Dia do Senhor' desde o evento da Ressurreição de Cristo, o qual teria acontecido no primeiro dia da semana, de acordo com as Escrituras.

"De fato, a celebração do Dia do Senhor é uma prova muito forte da Ressurreição de Cristo, porque somente um acontecimento extraordinário e envolvente poderia levar os primeiros cristãos a iniciar um culto diferente em relação ao do sábado hebraico", explicou.

O Papa salientou que o culto cristão não é somente a comemoração de eventos passados, mas se trata de uma experiência nova com o Cristo Ressuscitado, experiência esta vivida pelo apóstolos.

"Através destes sinais nós vivemos aquilo que experimentam os discípulos, isto é, o fato de ver Jesus e ao mesmo tempo de não reconhece-lo, de tocar o seu corpo, um corpo verdadeiro, mas livre das ligações terrenas", disse.

O Pontífice também explicou sobre a saudação "A Paz esteja convosco" proferida por Jesus em várias de suas aparições aos apóstolos , a qual, de acordo com o Papa, toma um novo sentido após o extraordinário evento da Ressurreição.

"A saudação tradicional, com a qual nos deseja o Shalom, a paz, se torna ali algo novo: se torna o dom daquela paz que somente Jesus pode dar, porque é fruto da sua vitória radical sobre o mal", afirmou.


CONFIRA NA ÍNTEGRA O REGINA COELI COM O PAPA BENTO XVI

Todos os anos, celebrando a Páscoa, nós revivemos a experiência dos primeiros discípulos de Jesus, a experiência do encontro com o Ressuscitado: narra o Evangelho de João que eles viram aparecer no meio deles, no cenáculo, na noite do dia da ressurreição, “o primeiro da semana”, e “oito dias depois” (Jo 20, 19.26). Aquele dia, chamado depois de “domingo”, “dia do Senhor”, é o dia da assembléia, da comunidade cristã que se reune para seu culto próprio, isto é, a Eucaristia, culto novo e diferente daquele judaico do sábado. De fato, a celebração do Dia do Senhor é uma prova muito forte da Ressurreição de Cristo, porque somente um acontecimento extraordinário e envolvente poderia levar os primeiros cristãos a iniciar um culto diferente em relação ao do sábado hebraico.

Então, como hoje, o culto cristão não é somente a comemoração de eventos passados, e nem mesmo uma experiência mística particular, interior, mas essencialmente um encontro com o Senhor ressuscitado, que vive na dimensão de Deus, além do tempo e do espaço, e todavia se faz realmente presente na comunidade, nos fala nas Sagradas Escrituras e parte para nós o Pão da Vida Eterna. Através destes sinais nós vivemos aquilo que experimentaram os discípulos, isto é, o fato de ver Jesus e ao mesmo tempo de não reconhece-lo, de tocar o seu corpo, um corpo verdadeiro, mas livre das ligações terrenas.

É muito importante aquilo ao qual se refere o Evangelho, isto é, que Jesus nas suas aparições aos Apóstolos reunidos no cenáculo, repetiu muitas vezes a saudação “A paz esteja convosco” (Jo 20,19.21.26). A saudação tradicional, com a qual nos deseja o Shalom, a paz, se torna ali algo novo: se torna o dom daquela paz que somente Jesus pode dar, porque é fruto da sua vitória radical sobre o mal. A 'paz' que Jesus oferece aos seus amigos é o fruto do amor de Deus que o levou a morrer na cruz, a derramar todo o seu sangue, como Cordeiro manso e humilde, “cheio de graça e verdade” (Jo 1,14). Eis porque o Beato João Paulo II quis intitular este domingo depois da Páscoa da Divina Misericórdia, com um ícone bem preciso: aquele do lado aberto de Jesus, do qual escorrem sangue e água, segundo o testemunho ocular do apóstolo João (Jo 19,34-37). Mas, de uma vez por todas Jesus é ressuscitado, e dele brotam os Sacramentos pascais do batismo e da Eucaristia: quem se aproxima deles com fé recebe o dom da vida eterna.

Queridos irmãos e irmãs, acolhamos o dom da paz que nos oferece Jesus ressuscitado, deixemos que o nosso coração se encha da sua misericórdia! Desde modo, com a força do Espírito Santo, o Espírito que ressuscitou Cristo dos mortos, também nós possamos levar aos outros estes dons pascais. Que isso nos obtena Maria Santíssima, Mãe da Misericórdia.

Papa Bento XVI

Fonte: Canção Nova
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