Caros irmãos (ãs),
Graça e paz da parte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Recebi esta semana um e-mail que falava da desigualdade social na educação (e enquanto digitava chegou mais uma vez). A primeira vez que o li, confesso ter me inquietado com a situação que foi exposta. (Afinal, como não se inquietar não é?)
Mas vendo as outras vezes que recebi e principalmente a quantidade de pessoas que ele abrange inquietei-me em outro aspecto: o da nossa liberdade para divulgar “simplesmente” ou trazer a luz do discernimento a notícia em questão, fazendo que por meio dela possamos gerar no coração das pessoas uma nova consciência A PARTIR DE CADA UM e não somente da exposição desta situação pública e gritante e de outras também.
Digo isso, não como intransigência, mas como um aspecto que devemos procurar todos os dias desenvolver em todos os âmbitos de nossa vida. Principalmente nestes tempos. Li estes dias o artigo no qual um Bispo falava que em tempos de muita informação é necessário redobrada atenção para que estas mesmas não se tornem vagas e sem sentido, ou simplesmente um acúmulo de dados.
Neste caso, por vezes recebemos e divulgamos informações que se não forem colocadas à luz do entendimento, se tornam simplesmente vazias.
No caso: Muito se fala, se questiona, se critica (e com razão) e se olha para a desigualdade social e econômica (que é um pecado social gritante), mas infelizmente não vemos e-mails com medidas e/ou soluções.
Que me importa se o A, B ou C ganha rios de dinheiro, sabe ou não ler, contribui ou não, se eu não procuro mudar o que está dentro de mim mesmo, do meu lado, na minha casa, no meu trabalho, no meu grupo de oração, na minha cidade…
Recordo-me aqui do parágrafo 557 do compêndio da Doutrina Social da Igreja que diz: “O empenho pela educação e a formação da pessoa constitui desde sempre a primeira solicitude da ação social dos cristãos.”
Estamos nos empenhando para isso??? Mas o que podemos fazer, diria você ou eu… Ação Social??? Eu???? Isso não é para os políticos e governantes???
Eu só sei rezar… Será?????
Será que somos cidadãos e cristãos de “conveniência” ? Que grita quando todo mundo grita. Que cala quando todo mundo cala. Que vota em quem todo mundo vota. Que é como todo mundo quer. Que agrada a todo mundo e desagrada a Deus. Será que não somos assim????
Na hora de reclamar somos cristãos, mas na hora de propor o que fazer somos verdadeiros “APAGÃOS”. APAGÃOS** mesmo, essa é a palavra. Católicos apagados, cuja luz é a medíocre e fraca luminosidade deste mundo embasado em falácias.
** Lembrando que o correto na língua língua portuguesa seria “APAGÕES”. O emprego da palavra “APAGÃOS” se dá pela contextualização do artigo.
Devemos pedir a Deus a graça de sermos “luzeiros” no mundo. Cristãos cada vez mais autênticos, maduros, conscientes de sua fé, de seus direitos e deveres, de suas responsabilidades, conhecedores da Palavra, dos documentos da Igreja, da Verdade de Cristo ao homem. Sermos católicos “conectados” sem contudo “desplugarmos” nossa vida do que é essencial e eterno, pois será esta dinâmica que me alicerçará na busca do bem comum, na promoção da Paz, na luta pelos direitos e na conscientização dos deveres meus e dos meus irmãos e na construção do Reino de Deus.
No seu grupo de oração, trabalho, casa, etc… Vc tem conversado, formado e argumentado sobre política, ações sociais, comunicação, invisibilidade social, justiça, valores, fé, economia, esperança, responsabilidade social, etc?
Tudo isso faz parte da constituição de uma personalidade cristã autêntica e madura.
Pensemos nisso…
Encerro meu comentário com o Compêndio da Doutrina Social da Igreja, sem contudo esgotar o tema. Seria muito interessante a participação e opinião de todos.
“Transformar a realidade social com a força do Evangelho, testemunhada por mulheres e homens fiéis a Jesus Cristo, sempre foi um desafio e, no início do terceiro milênio da era cristã, ainda o é. O anúncio de Jesus Cristo «boa nova» de salvação, de amor, de justiça e de paz, não é facilmente acolhido no mundo de hoje, ainda devastado por guerras, miséria e injustiças; justamente por isso o homem do nosso tempo mais do que nunca necessita do Evangelho: da fé que salva, da esperança que ilumina, da caridade que ama..”
Deus os abençoe!!!
Fabiano, Marta e Tobias
