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Crescer na dor!


Caros irmãos (ãs),

Que alegria estar retornando aos artigos.
Começo desejando a cada um de vocês que nos acompanham no blog, um ano cheio de graças, virtudes e sabedoria da parte de Deus Nosso Senhor.

Partilho hoje com vocês, não simplesmente um artigo, mas uma experiência de vida que nos fez experimentar a pedagogia da dor e dela tirar os frutos necessários para continuarmos a caminhar.

Era dia 30 de Dezembro de 2011, eu estava em casa quando recebi uma ligação que me causou um grande susto. Após a ligação começei a sentir muita dor mas que aos poucos foi cessando.
No dia seguinte, fomos para a casa dos meu pais passar com eles o reveillon que infelizmente para nós não aconteceu.
Às 18:00hs começei a sentir a mesma dor do dia anterior, só que mais forte e seguida de um sangramento. Não fazia idéia, mas naquele momento estava perdendo meu bêbê que estava com dois meses de gestação.
Fomos ao hospital em Fortaleza. No caminho podíamos ver os clarões dos fogos de artifício nas comemorações do novo ano que se iniciava, e dentro daquele carro, em meio a dor, mantínhamos acesa a chama da esperança.
Chegamos ao hospital e fui logo para a emergência. A obstetra me examinou e me falou: "Querida, você está perdendo sangue."
Então falei: "Eu só quero saber se o meu filho está bem!"
Ela respondeu: "Se o seu filho estiver vivo hoje não quer dizer que estará amanhã."
Fui então encaminhada para o exame de ultra som. Enquanto aguardávamos o atendimento, lutávamos contra toda a desesperança. Eu chorava muito, mas em nenhum momento pensava em mim, mas no meu filho que já amava tanto.

Quando me dirigia para o exame, algo me chamou a atenção: Havia um senhor sentado na cadeira ao lado que vestia uma camiseta com a inscrição: FILHO DO CÉU. Naquele momento eu não queria acreditar, mas senti que Deus me falava que o meu bêbê não pertencia a este mundo.
Entrei para o exame e o médico, após o exame, nos falou que nosso filho estava morto.
Aquela certeza transpassou meu coração de dor. Naquele momento fomos tomados pela imensa dor da perda, que ofuscava nossa razão e nosso entendimento acerca do por que e para que tudo aquilo estava acontecendo.

O médico então nos pediu para retornarmos para casa e voltarmos após uma semana para ver se o meu organismo ja havia expulsado naturalmente o bêbê. Chegamos em casa por volta de 02:30h da manhã  do dia 01 de janeiro de 2012. Em meio a dor e às lágrimas fui rezar e o Senhor me dava na Palavra o Salmo 125 - 

1. Quando o Senhor reconduzia os cativos de Sião, estávamos como sonhando.


2. Em nossa boca só havia expressões de alegria, e em nossos lábios canto de triunfo. Entre os pagãos se dizia: O Senhor fez por eles grandes coisas.


3. Sim, o Senhor fez por nós grandes coisas; ficamos exultantes de alegria!


4. Mudai, Senhor, a nossa sorte, como as torrentes nos desertos do sul.


5. Os que semeiam entre lágrimas, recolherão com alegria.


6. Na ida, caminham chorando, os que levam a semente a espargir. Na volta, virão com alegria, quando trouxerem os seus feixes." 


Passamos o resto da madrugada a chorar e a perguntarmos o porque de tudo isso. Em meio a dor entendemos que não devíamos questionar a Deus, pois nenhum ato Dele é sem amor. Hoje temos um filho no céu, a interceder por nós.

No decorrer dos dias fomos acompanhando todo o processo do organismo e no dia 05 de janeiro nosso bêbê saiu. Era tão pequeno, ainda não tinha forma, mas para nós ali estava o nosso filho. Cuidamos de dar-lhe um digno sepultamento.
Para mim, foi uma dor imensa que me fez lembrar muito do que Simeão disse a Maria: "Uma espada de dor transpassará tua alma." Só uma mãe, pode sentir esta dor ao perder um filho

Hoje, rezo por todas as mães que estão grávidas, que esperam anciosamente seus filhos e rezo também por aquelas que não percebem o valor de uma vida e assim, abortam seus filhos inocentes.
Que Deus em seu amor infinito as abençoe e converta seus corações ao amor.

Estamos mais uma vez abertos à vida. A dor nos faz sairmos de nós mesmos, de nossas seguranças e a partir daí nos abandonarmos inteiramente na misericórdia e no auxílio de Deus.
É nesta dinâmica que estamos trilhando nossos dias, colhendo os frutos desta dor e com Cristo fazendo que eles se tornem frutos fecundos de amor em nossas vidas e na Igreja.
Nosso pequeno filhinho, reavivou em nossos corações a certeza do céu, de que fomos criados para o céu e que um dia retornaremos para o céu, junto de Deus.
Ele, nós cremos, já contempla a face de Deus. Nós, caminhamos aqui para um dia com ele, estarmos unidos na glória celeste.

Deus os abençoe!

Marta Ferreira Farias

A você que nos acompanha, confira o vídeo abaixo com a música "Escolhe pois a vida" do Ministério Adoração e Vida.


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