Caros irmãos e irmãs,
Salve, salve expectadores...
Bem vindo a bordo da Nave BBB12!
Reunam a família, sentem-se na sala e vamos mais uma vez, dispor nosso tempo, sentimentos e sentidos para aplaudir a pornografia e a sensualidade, para exaltar os contra-valores, para contemplar relacionamentos falidos, para pôr a ética e a moral nivelada por baixo, para julgar, eliminar, amar e odiar pessoas que nem conhecemos, mas que pela ânsia de uma popularidade fácil e de um prêmio em dinheiro expõem suas vidas da forma mais ridícula possível, mas que sob as ofuscantes luzes globais torna-se o dregrau para a fama.
Triste e lamentável, porém é realidade.
Nosso país mais uma vez se prosta diante da televisão para "curtir" a falácia entitulada BBB12 que é o resultado e/ou confirmação de uma sociedade culturalmente pobre, relativista e consumista, envolvida em um profundo hedonismo e que contempla, aplaudindo e satisfazendo-se, o crépusculo dos valores morais.
Serão 79 dias em que homens e mulheres estarão confinados em uma casa, no afã de conseguir o tão almejado prêmio, enquanto lá fora milhões de brasileiros também ficarão confinados em suas casas, televisões, computadores, celulares e etc. E o que é pior, além de confinados ficarão reféns de uma midiática estratégia de entretenimento que nada mais é que um desmedido contracenso televisivo.
Enquanto lares e famílias inteiras revolvem-se na sala de suas casas para assistir ao programa, o apresentador vai ditando o ritmo dos 16 participantes da casa, ditando também o ritmo da vida de seus expectadores.
Segundo o site Veja, o BBB12 começou com histeria, incitação ao sexo e campanha contra evangérlica. Seriam esses os valores que prendem e norteiam nossa sociedade?
Além do mais nos deparamos com a falta de respeito para com o ser humano, aliás isso é o que menos importa no que observamos ao longo das edições do referido programa.
Cada competidor é rotulado com um adjetivo e em pouco tempo já temos o Brasil todo envolvido em saber e taxar quem vai ser o "gay", a "lésbica", a "sensual", o "garotão", o "sarado", qual vai ser o casal que vai se "pegar" sob o edredon, os que vão se odiar, os que vão se difamar, quem vai de despir primeiro sob as câmeras, enfim, tudo isso sobre os ávidos olhares e os corações pulsantes de ansiedade da nossa decadente sociedade.
Não nos apercebemos que ao enveredar por este caminho, vamos dando espaço para que sentimentos, sensações e mentalidades tomem conta de nosso coração e invada o nosso cotidiano, confinando-nos tal qual os participantes. Nestes tempos só o que vamos escutar falar, ler e ouvir é sobre quem será eliminado, quem será o líder, quem vai competir melhor, quem vai se aproximar de quem por interesse, quem vai difamar e prejudicar quem só pela estratégia de estar na frente.
Serão estas as motivações que desejamos para nossa família, para nossos filhos e para nossa sociedade?
Estratégia ou não, o programa já alcança seus picos de audiência (34 pontos) na primeira semana segundo o IBOPE.
E a família brasileira vai tornando-se a maior consumidora deste lixo midiático.
Volvamos o nosso olhar para a ética e a moral que é nosso direito e dever por natureza. Defendamos nossas famílias deste relativismo e indecência imperantes em nossa televisão brasileira.
A missão é minha, a missão é sua!
Desligue sua TV, mude de canal. Pelo seu bem, pelo bem de sua família, pela construção de uma sociedade melhor.
Deus os abençoe!
Fabiano, Marta e Tobias
