Quem inventou o presépio?, Por que o fez? O que tem a ver São Francisco com a história do presépio? Qual é o significado? Por que esta tradição resiste ao longo do tempo?
Qual a relação entre São Francisco e o presépio?
Em 1223, exatamente no dia 29 de novembro, o Papa Honório III com a Bula Solet annuere aprovou definitivamente a Regra dos Frades Menores. Nas semanas seguintes Francisco de Assis dirigiu-se para o eremitério de Greccio, onde expressou seu desejo de celebrar o Natal naquele lugar.
Para uma pessoa do local ele disse que queria ver com os "olhos do corpo" como o menino Jesus, na sua escolha de humilhação, foi deitado numa manjedoura. Portanto, determinou que fossem levados para um lugar estabelecido um burro e um boi – que de acordo com a tradição dos Evangelhos apócrifos estavam junto do Menino - e sobre um altar portátil colocado na manjedoura foi celebrada a Eucaristia. Para Francisco, como os apóstolos viram com os olhos corporais a humanidade de Jesus e acreditaram com os olhos do espírito na sua divindade, assim a cada dia quando vemos o pão e o vinho consagrados sobre o altar, acreditamos na presenção do Senhor no meio de nós.
Para uma pessoa do local ele disse que queria ver com os "olhos do corpo" como o menino Jesus, na sua escolha de humilhação, foi deitado numa manjedoura. Portanto, determinou que fossem levados para um lugar estabelecido um burro e um boi – que de acordo com a tradição dos Evangelhos apócrifos estavam junto do Menino - e sobre um altar portátil colocado na manjedoura foi celebrada a Eucaristia. Para Francisco, como os apóstolos viram com os olhos corporais a humanidade de Jesus e acreditaram com os olhos do espírito na sua divindade, assim a cada dia quando vemos o pão e o vinho consagrados sobre o altar, acreditamos na presenção do Senhor no meio de nós.
Na véspera de Natal em Greccio não haviam nem estátuas e nem pinturas, mas apenas uma celebração Eucaristica numa manjedoura, entre o boi e o jumento. Só mais tarde é que este evento inspirou a representação do Natal através de imagens, ou seja, por meio do presépio, no sentido moderno.
Por que fez isso?
Francisco era um homem muito concreto e para ele era muito importante a encarnação, ou seja, o fato de que o Senhor fosse tangível por meio de sinais e de gestos, antes de mais nada, pelos sacramentos. A celebração de Greccio se coloca justamente neste contexto.
Qual é o significado e por que a Igreja convida os fiéis a representar, construir, ter presépios em casa e em lugares públicos?
A Igreja sempre deu importância aos sinais, especialmente litúrgico sacramentais, tendo sempre o cuidado de que não terminassem numa espécie de superstição. Alguns gestos foram encorajados porque eram considerados adequados para a propagação do Evangelho e entre esses está justamente o presépio que sua simplicidade dirige toda a atenção à Jesus.
Qual é a relação entre o presépio e a arte? Por que tantos artistas o têm pintado, esculpido, narrado, ....?
Devido à sua plasticidade o presépio presta-se às representações na qual o particular pode se tornar o sinal da realidade quotidiana da vida. E justo esses detalhes da vida humana - os vestidos dos pastores, as ovelhas pastando, o menino preso à saia da mãe, etc - foram representados também como indícios ulteriores do realismo cristão que emana da Encarnação.
O que você acha da devoção popular pelo presépio ainda muito difundida entre o povo? Deve ser estimulada ou limitada?
Como São Francisco cada homem e mulher precisa de sinais; alguns já são incompreensíveis enquanto que outros pela sua simplicidade e imediatismo têm ainda uma eficácia. Entre estes podemos colocar o presépio e, portanto seja sempre bem vinda a sua propagação.
Tendo em conta este debate, sexta-feira, 18 novembro, foi realizada uma reunião na Pontifícia Universidade Antonianum (Hall Jacopone da Todi), com Fortunato lozzelli e Alessandra Bartolomei Romagnoli justamente sobre os lugares de Francisco de Assis na região do Lácio, com particular atenção para o santuário franciscano de Greccio.
Fonte: ZENIT