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Além das Guitarras!!!


Caros irmãos (ãs),

Contemplamos nos dias atuais uma “primavera” na música católica, em especial no rock católico. É gratificante ver que esta expressão musical (rock) em nosso meio vem ganhando seu espaço e principalmente: vem cumprindo seu papel na missão salvífica do homem.

Estou na estrada da música católica há 18 anos e mesmo antes de “mergulhar” na caminhada já ouvia e acompanhava a música católica em seus primeiros passos e desafios.
Acompanhei muitos desafios, muitas vitórias, dores e alegrias de muitos cantores católicos que acolheram a missão de anunciar o Evangelho através dos acordes e das melodias.

Neste âmbito de desafios contemplei o crescimento do rock católico em suas expressões iniciais: Cristoatividade, Rosa de Saron, Eterna, Boy. Como era bonito ver a ousadia de jovens que acreditavam em seus projetos, viviam sua fé entre as guitarras e entre solos, slaps e slides testemunhavam sua experiência com Deus. Tudo isso sob o forte e negativo histórico do Rock que era tido como “Música do Demônio” e por isso sofria resistência no próprio meio católico.


Como então tocar para Deus uma música com esta definição? Eis um desafio que inquietou corações e dividiu opiniões, mas que não abalou a fé daqueles que acreditaram ser possível e com isso nos abriram as portas para a novidade de Deus através deste ritmo.

Nisso me chamou muita atenção, pela beleza e clareza, uma carta do Padre Zezinho ao Eraldo Mattos onde ele dizia: “Eraldo, continue o seu belo trabalho. Não se deixe abater. Você está evangelizando um tipo de jovem que jamais chegaria perto de uma igreja sem a sua ajuda. E quando você tocava rock, você já era de Cristo.”


Com o passar do tempo e com a ação do Espírito Santo, tanto no estilo como no entendimento de todos, o quadro foi mudando e pudemos perceber como a musicalidade do rock católico é essencial para a “pesca” de almas para Deus.

Vimos os precurssores e as novas expressões que foram surgindo serem renovados pelo sopro do Espírito Santo que gerava nelas não somente a beleza da musicalidade, mas também o testemunho e o comprometimento com Deus, com a Igreja e com os irmãos. Sopro esse que foi proclamado ao final do Concílio Vaticano II quando os bispos escreveram uma mensagem e apelo aos artistas:
« O mundo em que vivemos tem necessidade de beleza para não cair no desespero. A beleza, como a verdade, é a que traz alegria ao coração dos homens, é este fruto precioso que resiste ao passar do tempo, que une as gerações e as faz comungar na admiração »

João Paulo II também em sua Carta aos artistas escrita em 1999 falou aos artistas:
“Com amorosa condescendência, o Artista divino transmite uma centelha da sua sabedoria transcendente ao artista humano, chamando-o a partilhar do seu poder criador..”

Podemos perceber que por trás de toda a arte, em especial a música católica, existe um plano de Deus em vista do homem. E o rock, como expressão desta arte não fica fora deste projeto. Ele contribui diretamente, com suas particularidades, para que a missão de salvar e resgatar almas seja fielmente cumprida.

Hoje acompanho de perto as bandas de rock e seus integrantes e como é belo ver que  o mesmo zelo, atenção e dedicação que se tem com os instrumentos, com o ritmo, com os arranjos e com os vocais, se tem com a alma, se tem com a espiritualidade, se tem com a Palavra de Deus.

É edificante perceber que nossos irmãos não vêem o palco como um status, mas como uma terra de missão, um local onde a graça de Deus deve acontecer, um “altar” onde o sacrifício de Cristo é atualizado no coração das pessoas através das músicas.

Reconhecem que os maiores instrumentos são eles mesmos. E como instrumentos precisam se deixar afinar, se deixar tocar pelo Grande Artista, para que da partitura de suas vidas saiam acordes de santidade que irão compor a “Melodia celeste” que salvará vidas, que converterá corações, que resgatará almas.

Tudo isso podemos constatar pelos muitos testemunhos que acompanhamos de pessoas que retornaram ao seio da Igreja, que renovaram sua fé, que tiveram suas vidas salvas, que se reconciliaram através do rock católico. Como nos diz Padre Zezinho prefaciando o livro Rock, Fé e Poesia do Rogério Feltrin (Rosa de Saron):
“Aliado a poesias que ensinam a pensar, o rock religioso leva o seu recado a quem jamais ouviria a Igreja.”
“..ele (o rock) achará sempre o seu espaço lá onde o jovem vive e grita os seus “ais”, de um jeito que só quem domina os sons, os tons e os instrumentos sabe fazê-lo.”

O rock católico é uma semente que tem sido lançada além dos muros da Igreja, é uma rosa que brota no deserto secular, no deserto do pecado, da depressão, da solidão e que tem gerado os frutos necessários.

Sabemos que tamanho momento de graça, vivido pela música católica, vem em auxílio aos muitos desafios que música e músicos enfrentam. Por isso nosso músicos, bem como todos os artistas, devem ser alvos diretos da nossa oração, do nosso jejum e da nossa intercessão e apoio. Sabemos também que há muito a ser trabalhado, a ser podado, a ser transformado e formado. Não estamos prontos, mas posso testemunhar: estamos perseverando.

Que Deus abençoe a todos e que o rock, a fé e poesia estejam em suas vidas.

Fabiano, Marta e Tobias
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