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PAIS SUPERPROTETORES



Nestes tempos de violência gratuita e justiça cega, o instinto natural de proteção da cria vem ganhando contornos dramáticos. Não é raro encontrar pais que tentam vigiar seus filhos armando os pimpolhos de telefones celulares, pagers e localizadores GPS.
Eu acredito até que se o pessoal do telescópio Hubble vendesse um serviço de localização permanente de crianças com imagens on-line em tempo real, ia ter uma fila de pais e mães angustiados querendo fazer uma assinatura. O que antes era um mero comportamento de elites, virou uma pandemia, e os Pais Superprotetores se espalharam pelo mundo feito um vídeo qualquer do YouTube.
É natural querer proteger seus filhos, mas interferir constantemente para amaciar o mundo para a criança é uma forma garantida de diminuir a sua autoconfiança. Um pai superprotetor está enviando a seguinte mensagem para seu filho: “Tenha medo, muito medo!, de qualquer coisa ou situações nova, porque você é incapaz de resolver as coisas por si só”.
Em crianças mais velhas, o fato de ter um pai ou uma mãe superprotetores não é compreendido como uma demonstração de amor e preocupação. Elas entendem isso como uma falta de confiança na sua própria capacidade – e este “rótulo” pode ter sérias consequências na idade adulta.

Você pode ser considerado superprotetor(a) quando:
- Acredita que qualquer tipo de atividade física pode machucar seriamente seu filho (até mesmo atravessar uma rua tranquila).
- Em situações do dia a dia (p.ex.: uma excursão supervisionada da escola) fica mais ansioso que seu filho, com medo de que algo dê errado ou de que a criança vá ser sequestrada.
- Gruda no seu filho durante qualquer brincadeira, dando orientações para que ele não se machuque.
- Não permite que a criança se envolva em atividades que possuam até mesmo um risco mínimo de acidentes (p.ex.: brincar de pique esconde).

Se você acredita que está sendo um pai ou mãe superprotetor, não se aflija nem corra para o consultório psiquiátrico mais próximo. Antes, tente implementar algumas dicas simples para lidar com o problema:
- Primeiro passo: confirme sua suspeita. Pergunte a alguns amigos ou parentes se eles acham você superprotetor. Se a resposta for positiva, não vá discutir tentando convencer o contrário.
- Segundo passo: Ouça seu filho. Converse com ele. Explique que toda sua preocupação vem do amor que você sente por ele, e que você confia na capacidade dele para vencer certos desafios. Mostre os perigos envolvidos em determinadas atividades e entre em um acordo sobre o que deve ser feito se algo der errado.
- Proibir seu filho de fazer uma certa atividade é um direito seu. Não menospreze o peso da sua experiência. É óbvio que a capacidade de julgamento dos pais é superior a dos filhos, e o que é seguro para uma criança, pode não ser para outra. Desde que você explique isso para seu filho – e sem exageros -, não haverá problema.
- Tudo bem, supervisionar seu filho é o melhor remédio para mantê-lo a salvo. Concordo com isso. Mas saiba que mantê-lo sob sua vigilância 100% do tempo também é a receita para produzir um adulto inseguro. Use sua inteligência para encontrar o equilíbrio.

Dr. Alessandro Loiola é médico, palestrante e escritor, autor de “Para Além da Juventude – Guia para uma Maturidade Saudável” (Ed. Leitura, 496 pág.) e “Vida e Saúde da Criança” (Ed. Natureza, 430 pág.). Atualmente reside e clinica em Belo Horizonte, Minas Gerais.

 Deus os abençoe!!

Fabiano, Marta e Tobias
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